Pesquisa aponta que tecnologia pode ajudar na melhoria da qualidade das escolas no Amazonas
Redação 12 de agosto de 2022 0 COMMENTS
Manaus/AM – Embora 95% dos estudantes amazonenses do Ensino Médio concordem que a utilização da tecnologia poderia ajudar a melhorar a qualidade da escola, 56% apontaram falta de internet e computadores nas escolas amazonenses. E ainda 96% disseram querer uma escola que os prepare para o mercado de trabalho e abra portas para o Ensino Superior.
Os dados foram divulgados hoje na pesquisa encomendada pelo site Todos pela Educação, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, o Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande, realizada pelo Datafolha entre 8 de fevereiro e 18 de abril deste ano, com representatividade nacional, regional e para cada uma das 27 Unidades da federação.
Na pesquisa, foram ouvidos 261 estudantes no estado do Amazonas.
Pelos resultados do Amazonas, cerca de 77% dos estudantes ouvidos avaliam bem a sua escola, por considera-la ótima ou boa.
Já 94% concordam que deveriam poder escolher áreas para aprofundar seus estudos, nessa fase. Apenas 3% disseram que não teriam condições de escolher uma área de aprofundamento no Ensino Médio.
No país, foram ouvidos 7.798 estudantes e quase todos os jovens brasileiros (98%) que estão hoje no Ensino Médio das redes públicas disseram querer uma escola que os prepare para o mercado de trabalho. Nove em cada 10 gostariam de escolher uma área para aprofundar estudos durante a etapa, enquanto apenas 1% afirma que não teria condições de eleger uma área para se aprofundar na última etapa da Educação Básica.
De maneira geral, mais de 80% dos jovens enxergam como alta a probabilidade de estudar em escolas com características do modelo de tempo integral, pois 21% dos jovens disseram estar bem informados sobre esse modelo de escola.
À pergunta sobre valorização dos professores, 47% dos estudantes de Ensino Médio afirmaram haver reconhecimento e valorização pela sociedade.
A maioria também, 84%, concorda que tem ou teve um professor que os inspiram a estudar e construir seus sonhos. Os estudantes revelaram que o corpo docente é o principal fator para a melhoria da qualidade das escolas.
Do total ouvido ainda, 11% dos jovens amazonenses disseram não estavam matriculados na escola em 2021 e 18% afirmaram já ter pensado em abandonar a escola nos 6 meses anteriores à pesquisa.
Dentre estes, 37% dizem que pensaram em parar de frequentar a escola para trabalhar e 24% por conta de estresse ou cansaço.
Entre os entrevistados, 23% dos estudantes disseram trabalhar fora de casa e destes, 65% optaram por encontrar um emprego para ter independência financeira e outros 22% disseram que era para ajudar em casa.
Dentre os que não trabalham, os motivos que os levariam a trabalhar seguem praticamente a mesma proporção, 66% fariam isso para ter independência financeira e 22% para ajudar em casa.
Já 78% dos entrevistados pretendem cursar uma faculdade após concluir o Ensino Médio. Mas de acordo com o IBGE, apenas 24% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso ao Ensino Superior no País.
Para Gabriel Corrêa, líder de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, “os jovens de escolas públicas querem uma escola que os prepare para o mercado de trabalho e abra portas para o Ensino Superior. Ou seja, querem uma escola que amplie seu leque de oportunidades, que ofereça escolhas que lhes permitam trilhar diferentes caminhos de vida. Ressignificar essa etapa deve ser uma grande prioridade para a atuação das próximas gestões, tanto no governo federal, quanto nos estados.”
RELATED ARTICLES

Posts recentes
